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O Encanto da GaitaDura

Vem descobrir o que se esconde por baixo dos nossos saiotes...

 

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29 julho 2006

Intercéltico de Sendim - dia 2...

Para o segundo dia de festival (1º dia em terras sendinesas), as honras de abertura cabem aos Gaiteiros de Constantim - um dos grupos de gaiteiros das Terras de Miranda que maior projecção e solicitação tem. De seguida, o gaiteiro Célio Pires, também de Constantim este tocador e construtor de gaitas de foles e de flautas pastoris, que virá certamente apresentar o seu primeiro trabalho discográfico “Molinos de L Brosque”. Os Hexacorde com Vanessa Muela de CAstilla y Léon e os Lunasa da Irlanda são os outros dois grupos a terem presença no palco principal deste segundo dia de Intercéltico. Os Hexacorde resultam do interesse dos seus integrantes pela procura de uma nova sonoridade, servida por arranjos inovadores, para recriar e divulgar o imenso repertório tradicional da música de Castela e Leão. Depois de alguns anos de elaboração de um repertório de recuperação de temas tradicionais e de arranjos dos mesmos, Hexacorde começou a compor temas próprios aplicando estruturas, ritmos ou motivos da tradição musical castelhana sobre melodias e harmonias totalmente novas e de autor. Deste modo, os temas resultantes conservam os elementos musicais que caracterizam a música castelhana, conformando em simultâneo um novo repertório à base de “entradillas”, “brincaos”, “jotas”, “ajechaos”, “polkas”, “pasodobles”, “fox-trot”, “pasacalles”, “titos”, “bailes de rueda”… Além disso, os elementos deste grupo especializaram-se no acompanhamento com música tradicional de diversas celebrações sociais, tais como cerimónias religiosas, “dianas”, passacalhes, romarias, actos institucionais, etc. Vão actuar com Vanessa Muela que se apoia no pandeiro quadrado e que tem actuado ultimamente em conjunto com outros agrupamentos tradicionais. Os Lúnasa são a grande atracção deste segundo dia e são também o grupo que vem de mais longe para acudir a este certame. São três jovens músicos irlandeses que, em 1997, zarparam para terras da Escandinávia, em digressão. A recepção e o acolhimento que as gentes nórdicas lhes dispensaram suscitaram-lhes o entusiasmo para que, uma vez regressados às esmeraldinas paragens, com mais dois amigos, decidiram percorrer pubs e tabernas da Irlanda, gravando todas as sessões. Um disco singularmente intitulado Lúnasa. De tal modo que Matt Molloy, dos Chieftains (por cujo bar, At Molloy’s, tinham passado na sua primeira digressão irlandesa), depois de os ver tocar, exclamou: “Recordam-me o grupo com o qual eu costumava tocar!” Como, aliás, o grupo fez questão de frisar logo no início da sua carreira: A tradição está muito aberta a novos caminhos. É impossível querer isolar-se de todas as influências que nos rodeiam, porque vivemos num mundo que no-lo recorda em cada momento que passa.

27 julho 2006

Intercéltico de Sendim - dia 1...

A sétima edição do Festival Intercéltico de Sendim começa no próximo dia 3 de Agosto, em Fermoselle. Nesta paragem por terras de Sayago estarão os Tamborileiros de Fermoselle e o grupo asturiano DRD. Violino, bouzouki e flauta, são os alicerces instrumentais deste trio de virtuosos que trabalham tendo por base o repertório instrumental asturiano e que fazem adaptações de temas cantados, com especial predilecção pelo repertório da região ocidental asturiana. O seu estilo caracteriza-se por uma grande efervescência criativa, que garante a multiplicidade das propostas, as diversas focagens e a existência de distintas motivações no momento de se aproximarem dos repertórios eleitos, desde as mais festivas às mais puramente artísticas. Durante algum tempo – demasiado tempo, dirão os mais conhecedores da cena folk asturiana – escassearam as formações instrumentais verdadeiramente inovadoras, verificando-se uma preponderância das formações básicas de duos de gaita e tambor, de conjuntos de canto e pandeiretas, assim como das bandinas tradicionais (com instrumentais integrando acordeão, clarinete, gaita e percussão). De facto, quer a música vocal quer a música instrumental encontravam-se praticamente limitadas a estas combinações básicas e é justamente neste contexto de formato simples - que não simplista! – que Dolfu Fernández, Ruben Bada e Diego Pangua, ao criarem o trio DRD, se propuseram explorar e recuperar para a musica folk mas sem renunciar a riqueza harmónica que advém de instrumentos recentemente aproximados a tradição, como é o caso do bouzouki e da guitarra.

22 julho 2006

Propinas...

Parece que o pólo da UTAD de Miranda do Douro não vai fechar, pelo menos no próximo ano lectivo. No entanto quem quiser entrar para o ensino superior na nossa cidade, apenas terá um curso para escolher... Trabalho Social, uma vez que, e pelo que consta, o sr. Mascarenhas Ferreira (reitor da UTAD) decidiu encerrar o curso de Antropologia Aplicada ao Desenvolvimento. Assim sendo irá manter a instituição aberta, mas apenas com um curso. Por outro lado, e diga-se que trabalhou rápido, pois tomou posse na passada quarta-feira e já deliberou que a propina na UTAD se irá fixar nos 920€ (valor máximo nacional). Postas as coisas nestes termos, o pólo de Miranda do Douro não vai fechar mas parece que se está a fazer os possíveis para que não haja candidatos a estudar na nossa cidade. Diga-se que fechar o pólo não era, não é, nem será a vontade dos mirandeses, no entanto se é para manter aberto criem-se condições para que se fixem estudantes por cá. Assim, parece que o sr Mascarenhas Ferreira anda a brincar com a cidade de Miranda do Douro e os seus habitantes. Não fecha, mas coloca o ingresso no ensino superior na nossa cidade num patamar que talvez seja demasiadamente elevado para haver sustentabilidade do pólo. E esses obstáculos irão reflectir-se não só a nível populacional e economia mirandesa, como também a nível da própria UTAD que pretende que o pólo seja auto-suficiente...

21 julho 2006

"La caneta Pelikan"... por Amadeu Ferreira

Ls eisames de 3ª i 4ª classe fazien-se arrimado al San Juan, ende puls anhos 1958 ou 1959. Antes de nós fazermos eisame, benien ls de Atanor i de Teixeira. Parábamos l recreio a bé-los passar, mei ambergonhados cula sue porsora alantre, ua tie yá passada de meia eidade i ua cara arrieirada antre uas repas scorridas, que solo le faltaba l monho para parecer ua tie de l campo. Antrórun i tornemos a la bola, agora de borraixa, que Ribeiro era filho de barraigista i podie-se dar a esses luxos que nós nun passábamos de la bola de corcha. Nistante se fizo meidie i, inda ls de Atanor salien de la scuola, yá la porsora mos staba a chamar para andrento. La nuossa porsora era ua tie nuoba, guapa i buona, casada cul chefe de ls correios i chamaba-se Maria de Jesus, dambos a dous de la cidade de Miranda, segundo se dezie. Nun la tornei a ber i bien tenie gustado, de tanta buona lhembráncia que deilha guardei. Dezie miu pai que era Porsora de Cadeira, cumo debe de ser, i por esso ye que ls de Atanor tenien de benir acá a fazer eisame.
Sentaba-me na segunda carteira, lhougo a la mano dreita de quien entra, cun Abilho Ourdenança, que nesse tiempo le chamábamos Luna, i tenie ua letra que you ambejaba. Mal me sentei, l coraçon dou-me un baque, que nun fui capaç de abafar l bózio,
la mie caneta Pelikan?!
La porsora nien se dou de cuonta de nada i mandou-mos ir a almorçar. Lhougo ls colegas benírun a saber l que se passaba, mas nun habie modo de naide me cunselar, cua grima que até me tapaba la canal de las lhágrimas,
miu pai bai-me a matar, que le tirei la caneta sien le dezir nada, i até dixo que nun me l’amprestaba, que me fazie bien daprender a screbir cula caneta d’aparo, que assi la letra quedaba mais rasgada, bundaba mirar pa ls screbir de ls doutores, que letra rasgada ye que staba bien.
Carlos Cestrino lhougo dou la seluçon pa l caso,
a salida de scuola, a las trés, bamos-mos a Atanor a saber de la caneta. Armandino bai cun nós. Nun le podemos dezir nada a naide. Dius te lhibre!
Nanhun de ls trés nunca habie ido a Atanor. Solo sabiemos que quedaba apuis de la rebuolta de ls Pinhos de Senhor Padre Alfredo, sítio por adonde siempre andában ls lhobos de las cuontas que oubira zde pequerrixo. Mas alhá fumus, ne l renhon de la calor de San Juan. Até la Staçon bien calhou la caminada, que até dou para ber l camboio de las trés, tamien nesse die benie atrasado, i solo çpeguemos ls uolhos del quando s’ancubriu atrás de l Cabeço de Mina, a caras a Fuonte Aldé,
l almanecha bien chiçpa, mas nun ten suorte de apegar fuogo, que astanho la fuolha de panes nun queda para este lhado de l termo.
Arrepassemos ls Pinhos de Senhor Padre Alfredo mui calhadicos, nun mos comíran ls lhobos que poniemos, de dientes arreganhados, atrás de cada pinho. Tamien yá habiemos treminado todo,
chegamos alhá, preguntamos pula casa de la porsora, i cuntamos-le l que se passou. La caneta quedou an riba la carteira i quando antremos nun staba alhá.
Era um cabanhal de lhabrador que parecie ua praça, i fazie un frescor cumo l cielo de berano. Bien me parecie que la porsora era ua tie de lhabrador, pensei cumigo. Beniriemos cuas rosas tan ardidas que la porsora até cuidou que mos íbamos a quedar i lhougo mos dou auga dua barrila. Preguntou-mos se teniemos fame,
nun senhor, nun temos senhora porsora,
Mandou-mos sentar nun scanho. Inda nun habiemos acabado la cuonta i lhougo apareciu eilhi un prato cheno de persunto segado i pan, puosto anriba dun cepo de picar. Atiremos-mos a el mais que Jacinto a las fabas cun chouriço. I assi s’aplaquiou la rábia culs de Atanor, i cul mundo. La porsora oubiu todo i, acabado l persunto, mandou-mos ambora, que naide fusse a dar pula nuossa falta.
a caneta lá irá a ter, que roubar é uma coisa muito feia. Tenho cá uma desconfiança...
Dous dies apuis alhá apareciu la caneta Pelikan, a recender a tinta permanente. La porsora, quando me la dou, nun dixo nien ai nien ui, cumo se nada se houbira passado. Miu pai inda nun habie dado pula falta deilha i bundou torná-la a poner ne l sítio. Nien ua falta dei naquel ditado, nien un borraton na proba de 35 lhinhas. Assi i todo, dende palantre, que remédio tube senó afazer-me bien a la caneta d’aparo i adominar la técnica de la molhar ne l tinteiro sien caier ua pinga.
Amadeu Ferreira

19 julho 2006

Cena Sobre a Votação de "Quem será o vencedor do Mundial?"

Ora bem, caras leitoras e leitores, hoje vejo-me obrigado a fazer o rescaldo do Mundial e da votação que tivemos em curso no nosso blog. Desde já devo alertar que 84% dos votantes erraram a pergunta... O que me leva a concluir que o nosso blog é muito visitado por miúdas, o que seria muito bom, ou que é visitado por muitos rapazes que não ligam muito ao futebol, sendo mais adeptos da culinária ou jardinagem!! No entanto devo ser verdadeiro e dar os meus parabéns aos 16% que votaram na Itália... O que me leva a concluir, sabendo à partida que a Itália é normalmente denominada como a selecção com os jogadores mais bonitos, que o nosso blog é visitado por miúdas, o que seria muito bom, ou que é visitado por muitos rapazes que não ligam muito ao futebol, sendo mais adeptos da culinária ou jardinagem, o que demonstraria que o nosso blog é um espaço aberto onde todos são iguais... Aarrghh, Bom... Agora vamos ver o Melhor do Mundial sobre a perspectiva feminina ( Gaija) e masculina (Gaijo), e atentar nas semelhanças entre os dois depoimentos:

(Gaija): (tá, já tá a gravar??) Ora bem, o melhor do Mundial para mim foi o peito depilado do Figo, o bronze magnífico do Cristiano Ronaldo, a voz bem afinadinha do Ricardo e aqueles olhos azuis do Cannavaro...

(Gaijo): Ora bem, o melhor do Mundial para mim, foi o espírito jovem e capacidade de liderança do Luís Figo, as fintas inebriantes e cavalgadas fulgurantes em direcção à baliza do Cristiano Ronaldo, a grande capacidade de encaixe do Ricardo e aqueles olhos azuis do Cannavaro...

E Pronto é assim!! Para esta época do ano que agora atravessamos com muito esforço, por termos que ir à praia ou à piscina todos os dias e depois ir a festas durante a noite, ou até mesmo cometer o acto de masoquismo que é ir passar férias, perguntamo-vos qual o nome da "coisa que ides ler, quando não houver mesmo mais nada para fazer!!" Deixamo-vos algumas sugestões, acreditando que haverá obras com muito mais interesse do que aquelas que vos propomos, mas enfim...votem lá em qualquer coisa, só para nos fazer a vontade, ok??

Respect!!

13 julho 2006

A Irmandade...

Saudações Mirandesas caras e caros ouvintes... Venho oralmente anunciar (sim eu sou essa voz que está neste momento dentro da tua cabeça, e te obriga a dizer: Eu curto a GaitaDura) que, desde o dia 1 de Julho do corrente ano pertenço a uma Irmandade, mas sem aquelas cenas demasiado gay que normalmente acontecem entre irmãos que pertencem a uma Irmandade, como é o exemplo do Frodo e do Sam membros da Irmandade do Anel que só faltou comerem-se em plena planície de Mordor. Ora bem, neste momento devem estar a pensar: "Mas que caralho de Irmandade é essa??" Pois bem, a minha resposta é a seguinte: "Não faço a mais pequena ideia..." Mas a verdade é que ela existe e tem um nome: A Irmandade da Cena Protectora, Que Protege Não Sei Muito Bem o Quê, Mas Pronto Protege... Eu sei que o nome é um pouco extenso, mas não há forma de o tornar mais pequeno. Mas para que este texto não pareça um episódio do LOST em que o pessoal chega sempre ao fim sem perceber nada, passo de seguida a explicar o que até agora ainda não expliquei: Esta Irmandade, constituída pelo meu grupo de amigos mais chegados, nasceu num dia de calor intenso na República Dominicana, quando andava por lá o nosso Jorge Tadeu aka Doctor Love aka Carlos Sebastião com uns Dollares a mais nos bolsos e resolveu comprar um souvenir para todos nós. O souvenir em causa é um colar (sim uma cena dessas de usar ao pescoço) com uma figura talhada em madeira que parece uma daquelas estátuas que só se podem ver na Ilha de Páscoa. Quando perguntamos ao Sebas o que representava aquela figura, ele respondeu: " É uma cena protectora, que protege não sei muito bem o quê, mas pronto protege..." E foi assim que nasceu a Irmandade da Cena Protectora, Que Protege Não Sei Muito Bem o Quê, Mas Pronto Protege da qual tenho muito orgulho em fazer parte...

Respect!!

12 julho 2006

A CMMD e os Pauliteiros...

Segundo noticiou a Brigantia, grupos de Pauliteiros do Planalto Mirandês recusaram-se a actuar na Semana Cultural de Miranda do Douro, falando em falta de apoios da autarquia e revelando que esta apoia o recém-criado grupo de Pauliteiros de Miranda do Douro em deterimento dos outros grupos existentes no Planalto Mirandês. Segundo se sabe, todos os grupos têm tratamentos semelhantes por parte da autarquia sendo que recentemente um destes grupos se deslocou á ilha da Madeira e um outro participou num programa da RTP. A nível de outros apoios, os intrumentos são dos próprios músicos (também nos Pauliteiros de Miranda), bem como os trajes. O local de ensaios também não deve ser a razão de queixa uma vez que se os de Miranda ensaiam no auditório, todos os outros têm a sua Casa do Povo ou outro espaço que também não traz custos adicionais. Também não especificaram nas suas queixas em que aspectos o grupo de Pauliteiros de Miranda é mais beneficiado. Ficou apenas a suspeita no ar, o que deixa antever alguma crispação ou simplesmente alguma dor de ... pelo sucesso que estes têm alcançado ultimamente. O grupo de Pauliteiros de Miranda do Douro é ensaiado por Carlos Moreira, que veio para Miranda do Douro proveniente dos Pauliteiros de Fonte Aldeia, e tem realizado um trabalho excelente á frente deste novo grupo (tal como Paulo Meirinhos que foi um dos grandes impulsionadores e mentor deste projecto), o que demonstra que a qualidade vem do trabalho e não dos apoios que por vezes não são solicitados... Em Miranda do Douro estiveram outros grupos de Pauliteiros, referindo a baixa de Henrique Gaiteiro no grupo de Sendim.

L Burro i L Gueiteiro

Começa dia 31 de Julho em Miranda do Douro e termina dia 4 de Agosto em Sendim. A organização parte de duas associações: Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino e pela Galandum Galundaina Associação Cultural. O programa completo, bem como informações, inscrições, etc, etc pode ser encontrado no site da AEPGA. “L burro i l gueiteiro” é o nome do passeio que de há quatro anos para cá se realiza em Terras de Miranda e pretende pôr em cena a antiga itinerância dos gaiteiros que se faziam transportar de burro quando eram convidados para animar festas em povos vizinhos.
O contacto directo com a natureza (fauna e flora) e com a cultura tradicional local são os ingredientes para quatro dias inesquecíveis de animação sem paralelo neste recanto quase esquecido do país.
Este passeio desenrola-se ao longo de um cenário de cerca de 20 km onde teremos os burros sempre presentes e encontraremos caminhos antigos, encruzilhadas, lameiros para dormir a sesta e largos no centro das aldeias para os arraiais que acontecem pela noite dentro.
Os objectivos centrais desta edição seguem a linha das anteriores ou seja: a divulgação da música tradicional, da língua mirandesa, da raça autóctone o Burro Mirandês, da gastronomia e de jogos e danças tradicionais…
Este ano o passeio na sua 4ª Edição, aproveita para celebrar os 10 anos do grupo de música tradicional mirandesa Galandum Galundaina, que como é sabido é o maior divulgador da música de Trás-os-Montes. A organização, convidou grupos nacionais e galegos para se juntarem ao evento e ajudarem a revitalizar os arraiais tradicionais que ao longo dos três dias de percurso animarão as noites dos burriqueiros e de todos os visitantes que se queiram juntar à festa. Estarão presentes os seguintes grupos: Pé na Terra, Tear de Llerena, Sebastião Antunes Trio (desde ontem o som d'O Encanto da GaitaDura), Ginga e Toques do Caramulo.
Este passeio é já um marco de referência no Ecoturismo cultural em Portugal e pretende ser cada vez mais um grande festival de cultura tradicional onde possamos encontrar formas de divertimentos saudáveis que se foram perdendo ao longo do tempo.

10 julho 2006

Festival da canção - opinião...

Decorreu no passado sábado á noite a XXª edição do Festival da Canção de Miranda do Douro (VIIIª em língua mirandesa). A adesão de público foi bastante boa no antigo Campo da Cerca para ouvir os 7(!) participantes do festival. Sem dúvida que o número de participantes é muito pequeno, e tem vindo a diminuir (desde há 8 anos...) desde que o festival da canção passou a ser exclusivamente em língua mirandesa. Claro que é sempre de louvar que sejam efectuados esforços para preservar a nossa língua, mas isso não significa que se destrua um evento que já foi em tempos uma referência singular nas comemorações do dia da cidade. E tem tendência para continuar a decrescer a participação e o interesse do público neste evento. Há uns anos atrás (em língua portuguesa, e quem quisesse podia ir em mirandês) vinha gente de todo o distrito para participar no festival da canção de Miranda do Douro. Tinha de haver uma pré-selecção para reduzir a 10 ou a 12 (consoante o regulamento) o número de finalistas e as canções que aí chegavam primavam por grande qualidade. Lembro-me de grandes canções que fizeram a história deste festival, que ficavam no ouvido... Claro que sempre existiram "problemas técnicos" para algumas canções e que infelizmente teimam em existir... Seria preferível o regulamento contemplar a língua portuguesa (e quem quisesse podia participar em mirandês!), ou ocupar uma noite (por exemplo daquelas em que não há absolutamente nada durante a semana de festas da cidade) para realizar um festival em língua portuguesa que trouxesse participantes á nossa cidade e também despertasse um maior interesse do público. São opiniões...
A edição deste ano contou com 7 participantes e teve início com um veterano destas andanças festivaleiras, um senhor de Prado Gatão que faz questão em participar todos os anos (muitos com a família) e nos brindou com uma bonita canção na qual tocou viola e harmónica. Nota negativa para o som (colunas de trás nem se ouviram, equalização muito má, enfim...). De seguida entrou José Meirinhos (o "nosso" Moma) com a sua viola. Mais uma vez os mesmos problemas técnicos... Para a 3ª canção, vá-se lá saber porquê terminaram os problemas técnicos e era possível ouvir um bom som. Os 4º a participar foram os justos vencedores desta edição e também não tiveram qualquer tipo de problema técnico com o som. Note-se as diferenças entre a viola da 4ª canção e as violas das 2 primeiras canções (é de lamentar e atrevo-me mesmo a dizer que o Apito Dourado está a ganhar tentáculos). O festival lá continuou e eu ausentei-me do recinto para visitar o Trinu's. voltei a tempo de ouvir a última canção. um grupo de mirandeses (e não só) liderados, pelo já mítico nestas andanças, Fernando Fernandes. Um grupo (auto-intitulados Vila Moca) que interpretou um tema que pôs o público todo a bater palmas em perfeita sintonia com a música. Este grupo merece ainda o louvor de ter interpretado ao mais perfeito pormenor o verdadeiro espírito deste (ou antes destas 8 últimas edições) festival da canção. O apresentador foi uma vez mais... Marcolino Fernandes que continua exactamente igual... O grande assobio da noite foi direitinho para o júri deste festival pelo 4º lugar atribuído ao grupo Vila Moca. Soube a pouco a todos aqueles que ainda assistem ao festival da canção e se lembram de como ele era...

07 julho 2006

Por Causa de Vocês...

A selecção nacional já não vai lutar pelo primeiro lugar, mas para nós portugueses temos de apoiar a nossa selecção no jogo do 3º lugar. Assim sendo, um pouco atrasado, mas com toda a intenção de dar um apoio extra á nossa selecção aqui fica o vídeo Por Causa de Vocês.

Mirandum na FNAC...

De hoje até Domingo, o fim de semana na FNAC do Via Catarina no Porto, é dedicado á cultura mirandesa. Aqui vos deixo o programa e se são do planalto ou se gostam da cultura mirandesa passem por lá e juntem-se a esta promoção do planalto mirandês.

MIRANDUM AO VIVO
Dia 7 | Sex | 17H00
L MIRANDÉS, UA LHÉNGUA DE PERTUAL: OURIGES | EIBELUÇON, CARACTELÍSTICAS | SITUAÇON ATUAL
(O mirandês, uma língua de Portugal: origens e evolução, características e situação actual)
Palestra por Prof. Amadeu Ferreira
APRESENTAÇÃO | ENCONTRO
Dia 7 | SEX | 18H00
L MIU PURMEIRO LHIBRO AN MIRANDÉS
(O Meu Primeiro Livro em Mirandês)
Leitura de contos do livro de Carlos Ferreira e Paulo Magalhães)
APRESENTAÇÃO | LIVRO
Dia 8 | SÁB | 18H00
LHAÇOS DA FREIXENOSA
A transmissão oral transmontana de Abílio Topa
APRESENTAÇÃO | LIVRO
Dia 9 | DOM | 16H00
TIÊRRA DE MIRANDA, UA LHÉNGUA, UA CULTURA
(Terra de Miranda, uma Língua, uma Cultura)
Tertúlia seguida de um showcase com Gaiteiros das terras de Miranda)
APRESENTAÇÃO | TERTÚLIA
Dia 9 | DOM | 17H00
GAITEIROS DE MIRANDA AO VIVO
Dia 9 | DOM | 18H00

06 julho 2006

Nunca Mais...

Permitam que começe assim: Foda-se enganei-me... Depois de milhares de euros investidos numa formação técnico-profissional nas Artes e Dizeres (mais dizeres que artes) do Oculto, com professores do melhor que há no mundo, como é o caso da Linda Reis e do Professor Alexandrino, senti-me preparado para vaticinar a vitória de Portugal frente ao Zidane... e não é que me sai tudo ao contrário!!!! Vou escrever para a DECO, a dizer que me sinto enganado e ultrajado. Nunca mais, sinceramente nunca mais... Foda-se.

Viva Portugal, Viva a nossa Selecção e muito obrigado pelas enormes alegrias que nos deram...

Respect!!

05 julho 2006

Adeus...

O dia 5 de Julho de 2006, ficará para sempre marcado na minha memória, pelo adeus de um grande jogador de futebol dos relvados. O seu nome é Zinedine Zidane, o maior de todos os tempos na minha humilde opinião, foi com ele que aprendi a amar o Desporto Futebol. Tudo o que fazia em campo era com classe, elegância, magia e excelência; mas como se isso não bastá-se era também um grande campeão do Mundo, da Europa, das Confederações, da Liga dos Campeões, de Espanha e de Itália. Cada bola que passou pelos seus pés ainda hoje se deve lembrar das carícias que este portentoso jogador lhe fez. Mas... no final do seu belo caminho, encontrou uma nação inteira dentro dum relvado em Munique. O nome da Nação é Portugal, a sua maior virtude é o povo humilde, trabalhador, lutador e heróico; qualidades patenteadas por aqueles que hoje entrarão em campo envergando a Cruz de Cristo e as Cores Nacionais. Muito obrigado Zidane, hoje termina a tua Era mas sente-te feliz por fazeres parte da mais bela história que Portugal está a contar ao Mundo. Tu mais que ninguém mereces a grande honra de fazer o teu último jogo contra a equipa CAMPEÃ DO MUNDO. Adeus Zidane, FORÇA PORTUGAL!!!